No fundo do lago escuro,
há um reflexo que não é visto.
A água parece calma,
mas guarda correntes
que puxam para baixo.
Ali, mora o que não foi dito,
as partes que tememos encontrar.
É a noite antes da aurora,
o silêncio antes da palavra.
Quem desce até lá,
descobre que o vazio é só a porta,
e que do outro lado
existe um caminho de volta
para si.