Introdução
Às vezes não é tristeza profunda nem dor aguda. É apenas… nada. Um silêncio interno, uma apatia, uma vontade de desaparecer sem necessariamente querer morrer. Esse estado de paralisia emocional é mais comum do que parece, e há caminhos para atravessá-lo.
O que está por trás dessa sensação?
Segundo Jung, a alma adoece quando perde contato com seu próprio sentido. Quando nos desconectamos do Self a totalidade viva da psique, perdemos vitalidade, motivação e direção.
“As pessoas não buscam sentido porque estão doentes. Estão doentes porque perderam o sentido.”
— C.G. Jung
Muitas vezes, esse vazio está ligado a:
Acúmulo de traumas não elaborados
Vidas vividas para agradar o outro
Repressão de desejos autênticos
Existe saída?
Sim, mas ela não costuma ser rápida ou fácil. A psicoterapia ajuda a resgatar o diálogo com a alma, a partir da escuta dos sonhos, símbolos e dores. O sentido da vida não é encontrado fora, mas cultivado dentro E aos poucos, retorna.
Conclusão
A vontade de não existir não precisa se tornar um fim. Pode ser um grito da alma pedindo por espaço, silêncio e transformação. Não se trata de apagar essa sensação, mas de acompanhar com coragem o que ela tem a revelar.
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Referências (para ambos os textos)
Jung, C.G. (1954). O Eu e o Inconsciente. Vozes.
Neumann, E. (1995). História da Origem da Consciência. Cultrix.
Stein, M. (2006). Jung e o Mapa da Alma. Cultrix.
Young-Eisendrath, P. (2003). O Complexo de Cinderela. Cultrix.